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Espero que gostem dos assuntos aqui colocados, e que tenham um otimo aproveitamento.

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domingo, 21 de março de 2010


ORIGEM DO SÍMBOLO
"AS FLECHAS CENTRAIS INDICAM PARA UM PONTO COMUM OS OBJETIVOS DA PROFISSÃO; AS LATERAIS, AS METAS A SEREM ATINGIDAS."


O Símbolo escolhido para identificar a profissão do Administrador tem a seguinte explicação justificada pelos seus autores:

"O quadro como ponto de partida:uma forma básica, pura, onde o processo de tensão de linhas é recíproco. Sendo assim, os limites verticais/horizontais entram em processo de tensão.Uma justificativa para a profissão, que possui também certos limites em seus objetivos: organizar, dispor para funcionar, reunir, centralizar, orientar, direcionar, coordenar, arbitrar, relatar, planejar, dirigir, encaminhar os diferentes aspectos de uma questão para o objetivo comum. O quadrado é regularidade, possui sentido estático quando apoiado em seu lado,e sentido dinâmico quando apoiado em seu vértice(a posição escolhida). As flechas indicam um caminho, uma meta, a partir de uma premissa, de um princípio de ação(o centro). As flechas centrais se dirigem para um objetivo comum, baseado na regularidade (...) as laterais, as metas a serem atingidas"


• DIA DO ADMINISTRADOR

9 de Setembro é comemorado o "Dia Nacional do Administrador", por ser a data de assinatura da Lei nº 4.769, de 9 de setembro de 1965, que criou a profissão de Administrador.


• JURAMENTO DO ADMINISTRADOR

"PROMETO DIGNIFICAR MINHA PROFISSÃO, CONSCIENTE DE MINHAS RESPONSABILIDADES LEGAIS, OBSERVAR O CÓDIGO DE ÉTICA, OBJETIVANDO O APERFEIÇOAMENTO DA CIÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO, O DESENVOLVIMENTO DAS INSTITUIÇÕES E A GRANDEZA DO HOMEM E DA PÁTRIA".

terça-feira, 9 de março de 2010

Slides de Sociologia

Já foram enviados os slides de sociologia no e-mail do grupo, para quem não recebeu me avisem por e-mail que eu o mandarei novamente, evitando transtornos a todos com a chegada das prova.

sábado, 6 de março de 2010

Um pouco sobre Administração

- ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ADMINISTRAÇÃO

1. Antecedentes Históricos da Administração
Trata-se de uma história recente, com desenvolvimento lento e que teve início apenas em meados do século XX. A história da Administração foi influenciada por muitas correntes, a saber:


1.1. Influência dos Filósofos
Esta data desde os tempos da antigüidade e teve suas primeiras ‘definições’ à partir dos pensamentos de filósofos como Sócrates, Platão e Aristóteles.
Muitos princípios da Administração, como o da divisão do trabalho, da ordem e do controle surgiram por meio dos pensamentos filosóficos da época.
Porém, a filosofia antiga preocupava-se muito com as questões organizacionais, o que deixa de ser objeto de preocupação da Filosofia Moderna.


1.2. Influência da Igreja Católica
Durante muitos séculos as normas administrativas e a organização pública ficou à cargo da Igreja Católica, e não dos Estados (Roma, Atenas, etc.). Havia uma hierarquia de autoridade, um estado-maior e uma coordenação funcional, que juntas e comandadas por uma única pessoa – o Papa – e que, bem-sucedida serviu de modelo para diversas organizações.


1.3. Influência da Organização Militar
Esta influenciou o aparecimento das Teorias da Administração. Resultam da organização militar daquela época: a organização linear, o princípio da unidade de comando e a escala hierárquica. Decorrente destes princípios surgem ainda a centralização do comando e a descentralização da execução, o que forma um modelo bastante utilizado em outras organizações. Outra grande contribuição foi o princípio de direção, relacionado ao soldado (na empresa, ao funcionário) e a sua consciência sobre os seus afazeres. Aqui surgiu o pensamento estratégico e a necessidade de disciplina e planejamento, acreditando-se que o incerto deveria ser esperado, mas o planejamento deveria reduzir o seu impacto.


1.4. Influência da Revolução Industrial
A Revolução Industrial criou o contexto perfeito para a aplicação das primeiras Teorias da Administração (surgidas pela interferência primeira da Igreja e das Organizações Militares), sendo este respaldado nos avanços tecnológicos nos processos de produção alcançados até então, da construção e utilização das máquinas, e da crescente legislação para defesa do trabalhador.
Portanto, a Revolução Industrial foi decorrente da necessidade dos empresários, de atender a demanda em expansão. A administração deve tão somente à Revolução Industrial o conceito de organização da empresa moderna, graças principalmente ao avanço tecnológico e descoberta de novas formas de energia, substituindo o modo artesanal por um industrial de produção.


1.5. Influência dos Economistas Liberais
Surge o conceito de livre concorrência e de liberalismo econômico. Adam Smith funda a economia clássica, com ponto principal voltado para competição. Ele acredita na existência de uma ‘mão invisível’ que governa o mercado. Smith ainda cria os conceitos de racionalização da produção, especialização e divisão do trabalho. Ele reforçou a importância do planejamento e da organização dentro das funções da administração.
Quando do aparecimento do novo capitalismo, surgem Marx e Engels com a publicação do Manifesto Comunista, livro que faz toda uma análise sobre os regimes econômicos, sociais e políticos da época. O socialismo e do sindicalismo obrigam o capitalismo ao caminho do aperfeiçoamento de todos os meios de produção e a adequada remuneração. Surgem, então, os primeiros esforços no sentido de racionalização do trabalho como um todo.


1.6. Influência dos Pioneiros e Empreendedores
Caracteriza-se como a consolidação das condições necessárias para o surgimento das novas teorias administrativas: - crescimento da preocupação com o consumo direto; - surgimento das indústrias ferroviárias, de ferro e de aço; - surgimento dos ‘impérios industriais’ e dos gerentes profissionais; - surgimento do ramo de bens duráveis; - preocupação com as vendas (‘marketing’ de hojje); - desenvolvimento da organização do tipo funcional; - preocupação com os meios de redução de custos.
Em certo momento, surge a empresa integrada e multidepartamental. O conceito de alianças e sociedades (holding’s) começa a aparecer e o controle do mercado de distribuição passa a ser desejado com o fim de obter-se um preço mais acessível ao cliente final.
Surgem as fusões de empresas e aparecem os primeiros oligopólios.
Então chegamos ao ponto onde o empreendorismo se depara com a falta de organização, e entre 1860 e 1900 aconteceu um enorme desenvolvimento tecnológico e atentou-se para o valor da pesquisa.
Todos estes fatores impulsionaram a busca pelas bases científicas que melhorariam a prática empresarial e daria espaço para o surgimento da teoria administrativa.


informação retirada:
http://pt.shvoong.com/humanities/4661-antecedentes-hist%C3%B3ricos-da-administra%C3%A7%C3%A3o/

Atenção, exercicios de Matematica

Foi enviado ontem ao grupo o e-mail de matematica, quem ainda não recebeu me mandem e-mail que u o envio novamente.

marcelonog.alves@yahoo.com.br E-MAIL
marcelonog.alves@hotmail.com MSN

quinta-feira, 4 de março de 2010

ATENÇÃO Materia de introdução a administração!!!

Foi enviado hoje ao e-mail do grupo, matéria sobre introdução a administração do professor Lima, quem não recebeu o "assunto" me falem para que u possa estar enviado novamente.

Para quem ainda não tem meu e-mail e msn:
marcelonog.alves@yahoo.com.br
marcelonog.alves@hotmail.com

terça-feira, 2 de março de 2010

Sociologia (Professora Fatima Lopes)

Faculdade Max Planck Administração 1ºsemestre
Introdução às Ciências Sociais e Políticas
Profª Fátima Faleiros Lopes

AS CIÊNCIAS SOCIAIS : noções básicas


A) As Ciências Sociais

As ciências sociais são um ramo da ciência que estuda os aspectos sociais do mundo humano, ou seja, a via social de indivíduos e grupos humanos. Isso inclui Antropologia, Estudos da comunicação, Economia, Geografia humana, História, Linguística, Ciências políticas, Psicologia social e Sociologia

As ciências sociais germinaram na Europa do século XIX, mas foi no século XX, em decorrência das obras de Karl Marx, Emile Durkheim e Max Weber que as ciências sociais se desenvolveram. O carro-chefe foi a sociologia: neologismo cunhado pelo francês Augusto Comte, seu primeiro professor. Durkheim e seus pares se esmeraram na busca de regras de método que elevassem ao status científico o conhecimento sobre a sociedade(...)

Mas por que o carro-chefe foi a sociologia e não a ciência política, tão antiga como o nome de Maquiavel, ou a antropologia, também anterior? A resposta há de estar no momento histórico de consolidação do novo currículo do ensino superior europeu durante o curto período de plena vigência do movimento intelectual conhecido como positivismo. Então, a nova disciplina, sociologia, veio renovar as outras duas já vigentes


B) Antropologia

Antropologia (do grego άνθρωπος, transl. anthropos, "homem", e λόγος, logos, "razão"/"pensamento") é a ciência preocupada em estudar o homem e a humanidade de maneira totalizante, ou seja, abrangendo todas as suas dimensões. A divisão clássica da Antropologia distingue a Antropologia Cultural da Antropologia Biológica. Cada uma destas, em sua construção abrigou diversas correntes de pensamento.

Pode-se afirmar que há poucas décadas a antropologia conquistou seu lugar entre as ciências. Primeiramente, foi considerada como a história natural e física do homem e do seu processo evolutivo, no espaço e no tempo. Se por um lado essa concepção vinha satisfazer o significado literal da palavra, por outro restringia o seu campo de estudo às características do homem físico. Essa postura marcou e limitou os estudos antropológicos por largo tempo, privilegiando a antropometria, ciência que trata das mensurações do homem fóssil e do homem vivo.

A Antropologia, sendo a ciência da humanidade e da cultura, tem um campo de investigação extremamente vasto: abrange, no espaço, toda a terra habitada; no tempo, pelo menos dois milhões de anos, e todas as populações socialmente organizadas. Divide-se em duas grandes áreas de estudo, com objetivos definidos e interesses teóricos próprios: a Antropologia Física (ou Biológica) e a Antropologia Cultural, que se centram no desejo do homem de conhecer a sua origem, a capacidade que ele tem de conhecer-se, nos costumes e no instinto.

Para pensar as sociedades humanas, a antropologia preocupa-se em detalhar, tanto quanto possível, os seres humanos que as compõem e com elas se relacionam, seja nos seus aspectos físicos, na sua relação com a natureza, seja na sua especificidade cultural. Para o saber antropológico o conceito de cultura abarca diversas dimensões: universo psíquico, os mitos, os costumes e rituais, suas histórias peculiares, a linguagem, valores, crenças, leis, relações de parentesco, entre outros tópicos.

Embora o estudo das sociedades humanas remonte à Antiguidade Clássica, a antropologia nasceu, como ciência, efetivamente, da grande revolução cultural iniciada com o Iluminismo(...)

As primeiras grandes obras da antropologia, consideravam, por exemplo, o indígena das sociedades não europeias como o primitivo, o antecessor do homem civilizado: afirmando e qualificando o saber antropológico como disciplina, centrando o debate no modo como as formas mais simples de organização social teriam evoluído, de acordo com essa linha teórica essas sociedades caminhariam para formas mais complexas como as da sociedade europeia.

Nesta forma de apreender a experiência humana, todas as sociedades, mesmos as desconhecidas, progrediriam em ritmos diferentes, seguindo uma linha evolutiva. Isso balizou a ideia de que a demanda colonial seria "civilizatória", pois levaria os povos ditos "primitivos" ao "progresso tecnológico-científico" das sociedades tidas como "civilizadas". Há que ver estes equívocos como parte da visão de mundo que pretendiam estabelecer as diretrizes de uma lei universal de desenvolvimento.


C) Ciência política

Ciência política é o estudo da política — dos sistemas políticos, das organizações e dos processos políticos. Envolve o estudo da estrutura (e das mudanças de estrutura) e dos processos de governo — ou qualquer sistema equivalente de organização humana que tente assegurar segurança, justiça e direitos civis. Os cientistas políticos podem estudar instituições como corporações (ou empresas, no Brasil), uniões (ou sindicatos, no Brasil), igrejas, ou outras organizações cujas estruturas e processos de ação se aproximem de um governo, em complexidade e interconexão.

Existe no interior da ciência política uma discussão acerca do objeto de estudo desta ciência, que, para alguns, é o Estado e, para outros, o poder. A primeira posição restringe o objeto de estudo da ciência política; a segunda amplia. A posição da maioria dos cientistas políticos, segundo Maurice Duverger, é essa visão mais abrangente de que o objeto de estudo da ciência política é o poder.

O termo "ciência política" foi cunhado em 1880 por Herbert Baxter Adams, professor de História da Universidade Johns Hopkins.

A ciência política é a teoria e prática da política e a descrição e análise dos sistemas políticos e do comportamento político.

(...)Na qualidade de uma das ciências sociais, a ciência política usa métodos e técnicas que podem envolver tanto fontes primárias (documentos históricos, registros oficiais) quanto secundárias (artigos acadêmicos, pesquisas, análise estatística, estudos de caso e construção de modelos).

Ainda que o estudo de política tenha sido constatado na tradição ocidental desde a Grécia antiga, a ciência política propriamente dita constituiu-se tardiamente (...) Muitos pesquisadores colocam que a ciência política difere da filosofia política e seu surgimento ocorreria, de forma embrionária, no século dezenove, época do surgimento das ciências humanas, tal como a sociologia, a antropologia, a historiografia, entre outras.

Cientistas políticos estudam a distribuição e transferência de poder em processos de tomada de decisão. Por causa da frequente e complexa mistura de interesses contraditórios, a ciência política é freqüentemente um exemplo aplicado da Teoria dos jogos. Sob esta óptica teórica, os cientistas políticos olham os ganhos - como o lucro privado de pessoas ou das empresas ou da sociedade(o desenvolvimento econômico- e as perdas - como o empobrecimento de pessoas ou da sociedade (veja Corrupção política) - como resultados de uma luta ou de um jogo em que existem regras não explícitas que a pesquisa deve explicitar.

A ciência política busca desenvolver tanto teses positivas, analisando as políticas, quanto teses normativas, fazendo recomendações específicas. Cientistas políticos medem o sucesso de um governo e de políticas específicas examinando muitos fatores, inclusive estabilidade, justiça, riqueza material, e paz. Enquanto os historiadores olham para trás, buscando explicar o passado, os cientistas políticos tentam iluminar as políticas do presente e predizer e sugerir políticas para o futuro.

O estudo de ciência política é complicado pelo envolvimento freqüente de cientistas políticos no processo político, uma vez que suas teorias frequentemente servem de base para ação, opção e prática de outros profissionais, como jornalistas, grupos de interesse especiais, políticos, e o eleitorado. Cientistas políticos podem trabalhar como assessores de políticos, ou até mesmo se candidatarem a cargos políticos eles próprios.

D) Sociologia

A Sociologia é uma das ciências humanas que estuda as unidades que formam a sociedade, ou seja, estuda o comportamento humano em função do meio e os processos que interligam os indivíduos em associações, grupos e instituições. Enquanto o indivíduo na sua singularidade é estudado pela psicologia, a Sociologia tem uma base teórico-metodológica, que serve para estudar os fenômenos sociais, tentando explicá-los, analisando os homens em suas relações de interdependência. Compreender as diferentes sociedades e culturas é um dos objetivos da sociologia.

Os resultados da pesquisa sociológica não são de interesse apenas de sociólogos. Cobrindo todas as áreas do convívio humano — desde as relações na família até a organização das grandes empresas, o papel da política na sociedade ou o comportamento religioso —, a Sociologia pode vir a interessar, em diferentes graus de intensidade, a diversas outras áreas do saber. Entretanto, o maior interessado na produção e sistematização do conhecimento sociológico atualmente é o Estado, normalmente o principal financiador da pesquisa desta disciplina científica.

Assim como toda ciência, a Sociologia pretende explicar a totalidade do seu universo de pesquisa. Ainda que esta tarefa não seja objetivamente alcançável, é tarefa da Sociologia transformar as malhas da rede com a qual a ela capta a realidade social cada vez mais estreitas. Por essa razão, o conhecimento sociológico, através dos seus conceitos, teorias e métodos, pode constituir para as pessoas um excelente instrumento de compreensão das situações com que se defrontam na vida cotidiana, das suas múltiplas relações sociais e, conseqüentemente, de si mesmas como seres inevitavelmente sociais.

A Sociologia ocupa-se, ao mesmo tempo, das observações do que é repetitivo nas relações sociais para daí formular generalizações teóricas; e também se interessa por eventos únicos sujeitos à inferência sociológica (como, por exemplo, o surgimento do capitalismo ou a gênese do Estado Moderno), procurando explicá-los no seu significado e importância singulares.

A Sociologia surgiu como uma disciplina no século XIX, na forma de resposta acadêmica para um desafio de modernidade: se o mundo está ficando mais integrado, a experiência de pessoas do mundo é crescentemente atomizada e dispersada. Sociólogos não só esperavam entender o que unia os grupos sociais, mas também desenvolver um "antídoto" para a desintegração social.

Hoje os sociólogos pesquisam macroestruturas inerentes à organização da sociedade, como raça ou etnicidade, classe e gênero, além de instituições como a família; processos sociais que representam divergência, ou desarranjos, nestas estruturas, inclusive crime e divórcio. E pesquisam os microprocessos como relações interpessoais.

Sociólogos fazem uso freqüente de técnicas quantitativas de pesquisa social (como a estatística) para descrever padrões generalizados nas relações sociais. Isto ajuda a desenvolver modelos que possam entender mudanças sociais e como os indivíduos responderão a essas mudanças. Em alguns campos de estudo da Sociologia, as técnicas qualitativas — como entrevistas dirigidas, discussões em grupo e métodos etnográficos — permitem um melhor entendimento dos processos sociais de acordo com o objetivo explicativo (...)
A Sociologia é uma área de interesse muito recente, mas foi a primeira ciência social a se institucionalizar. Antes, portanto, da Ciência Política e da

Antropologia.
O termo Sociologie foi criado por Auguste Comte (em 1838), que esperava unificar todos os estudos relativos ao homem — inclusive a História, a Psicologia e a Economia Em Comte, seu esquema sociológico era tipicamente positivista, (corrente que teve grande força no século XIX), e ele acreditava que toda a vida humana tinha atravessado as mesmas fases históricas distintas e que, se a pessoa pudesse compreender este progresso, poderia prescrever os "remédios" para os problemas de ordem social.

As transformações econômicas, políticas e culturais ocorridas no século XVIII, como as Revoluções Industrial e Francesa, colocaram em destaque mudanças significativas da vida em sociedade com relação a suas formas passadas, baseadas principalmente nas tradições.

A Sociologia surge no século XIX como forma de entender essas mudanças e explicá-las. No entanto, é necessário frisar, de forma muito clara, que a Sociologia é datada historicamente e que o seu surgimento está vinculado à consolidação do capitalismo moderno.

Esta disciplina marca uma mudança na maneira de se pensar a realidade social, desvinculando-se das preocupações especulativas e metafísicas e diferenciando-se progressivamente enquanto forma racional e sistemática de compreensão da mesma.
Assim é que a Revolução Industrial significou, para o pensamento social, algo mais do que a introdução da máquina a vapor. Ela representou a racionalização da produção da materialidade da vida social.

O triunfo da indústria capitalista foi pouco a pouco concentrando as máquinas, as terras e as ferramentas sob o controle de um grupo social, convertendo grandes massas camponesas em trabalhadores industriais. Neste momento, se consolida a sociedade capitalista, que divide de modo central a sociedade entre burgueses (donos dos meios de produção) e proletários (possuidores apenas de sua força de trabalho). Há paralelamente um aumento do funcionalismo do Estado que representa um aumento da burocratização de suas funções e que está ligado majoritariamente aos estratos médios da população.

O quase desaparecimento dos pequenos proprietários rurais, dos artesãos independentes, a imposição de prolongadas horas de trabalho, e etc., tiveram um efeito traumático sobre milhões de seres humanos ao modificar radicalmente suas formas tradicionais de vida.

Não demorou para que as manifestações de revolta dos trabalhadores se iniciassem. Máquinas foram destruídas, atos de sabotagem e exploração de algumas oficinas, roubos e crimes, evoluindo para a criação de associações livres, formação de sindicatos e movimentos revolucionários.

Este fato é importante para o surgimento da Sociologia, pois colocava a sociedade num plano de análise relevante, como objeto que deveria ser investigado tanto por seus novos problemas intrínsecos, como por seu novo protagonismo político já que junto a estas transformações de ordem econômica pôde-se perceber o papel ativo da sociedade e seus diversos componentes na produção e reprodução da vida social, o que se distingue da percepção de que este papel seja privilégio de um Estado que se sobrepõe ao seu povo.

O surgimento da Sociologia prende-se em parte aos desenvolvimentos oriundos da Revolução Industrial, pelas novas condições de existência por ela criada. Mas uma outra circunstância concorreria também para a sua formação. Trata-se das modificações que vinham ocorrendo nas formas de pensamento, originada pelo Iluminismo. As transformações econômicas, que se achavam em curso no ocidente europeu desde o século XVI, não poderiam deixar de provocar modificações na forma de conhecer a natureza e a cultura.
FONTE: www.wikipedia.com (adaptado)

LISTA DE XERCICIOS DE MATEMATICA (Professor Cesar)

Matemática 1
Lista de exercícios 3
1) Simplificar a expressões algébricas a seguir:
a) 2x + 3xy – x +xy Resp: 3x + 4xy
b) xy2 – xy + y2x – 2yx Resp: -3xy +2xy2

2) Desenvolver as expressões a baixo:
c) (x + 2)(x – 2) Resp: x2 - 4
d) (x + 2)(x + 2) Resp: x2 + 4x + 4
e) (x + y -1)(2x – y +1) Resp: 2x2 –y2 + xy – x + 2y - 1

3) Antígeno é uma proteína que pode ser encontrada no sangue, mais especificamente
nos glóbulos vermelhos, e que determina o tipo sanguíneo de uma pessoa. Existem dois
tipos de antígenos: A e B. Se uma pessoa possui somente o antígeno A, seu sangue é do
tipo A. Se tem somente o antígeno B, é do tipo B. Se tiver ambos, ela será AB, e se não
tiver nenhum o sangue da pessoa será do tipo O.
Num grupo de 70 pessoas, verificou-se que 35 apresentam o antígeno A, 30 apresentam
o antígeno B e 20 apresentavam os dois antígenos.
a) Quantas pessoas tinham sangue do tipo A? Resp: 15
b) Quantas pessoas tinham sangue do tipo O? Resp: 25


4) Num parque, havia apenas 8 crianças loiras. Havia exatamente 16 meninos e, dentre
as meninas, 12 não eram loiras. No total, havia 33 crianças. Quantas meninas loiras
havia no parque? Resp: 5


5) Uma pesquisa realizada com os alunos do ensino médio de um colégio indicou que
221 alunos gostam da área de saúde, 244 da área de exatas, 176 da área de humanas, 36
da área de humanas e de exatas, 33 da área de humanas e de saúde, 14 da área de saúde
e de exatas e 6 gostam das três áreas. Determine o número de alunos que gostam apenas
de uma das três áreas. Resp:493

Lista de exercicios de Matematica (Professor Cesar)


Tecnologia da Informação (Professor Rogerio Colferai)

Curso de Graduação em Administração
PRIMEIRO PERÍODO
Disciplina: TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Ementa da Disciplina:
Papel e conceitos básicos da tecnologia da informação; Conceitos de hardware; Conceitos de software; Sistemas operacionais; Uso de sistema operacional e ambiente gráfico (Windows); Uso de processador de texto (Word); Uso de software de apresentação (PowerPoint); Uso de planilha de cálculo (Excel); Internet; Correio Eletrônico e recursos avançados do pacote Microsoft Office; O papel do analista de negócios.

Bibliografia Básica:
1.
CANTALICE, W. Manual do usuário 5 em 1: Windows, Word, PowerPoint, Excel, Internet
. Rio de Janeiro: Brasport, 2006.

Bibliografia Complementar:
2. BRAGA, W. –
Microsoft Word 2003. Alta Books, 2004.
3. BRAGA, W. –
Microsoft Excel 2003. Alta Books, 2004.
4. BRAGA, W. –
Microsoft Powerpoint 2003. Alta Books, 2004.
5. SANTOS, A. A.
Informática na Empresa. 3ª. Ed. São Paulo: Atlas, 2003.


Aula 1 – TI X ADM

Informação
O que é a informação?

Dados são uma representação dos fatos, conceitos ou instruções de uma maneira normalizada que se adapta à comunicação, interpretação e processamento pelo ser humano ou através de máquinas automáticas.
Os dados são representados por símbolos como por exemplo as letras do alfabeto : a, b, c , etc, mas não são em si a informação desejada.

Informação é todo o conjunto de dados devidamente ordenados e organizados de forma a terem significado.

Exemplo:
O I O C O M B - são dados mas não é informação perceptível ao homem.

A informação não é mais do que dados organizados e ordenados de forma útil. Isto é, informação é o conhecimento produzido como resultado do processamento de dados.



Se processarmos os dados que tínhamos anteriormente então obtemos a informação:

O I O C O M B - Dados
\/ - Processamento
C O M B O I O - Informação


Antigamente, armazenar as informações de clientes, processos, fornecedores, colaboradores era uma tarefa realizada com um propósito: colocar a informação de maneira que pudesse ser localizada.

Hoje temos mais do que simples informação, posto que a mesma deva ser cada vez mais qualificada, e principalmente, acessada de forma rápida, eficaz e inteligente.

Se quisermos buscar as informações de forma a elas agregarem valor ao nosso trabalho, precisamos entender o sistema, dominá-lo e principalmente pensarmos no que queremos extrair destas informações.

A excelência empresarial é o grau máximo do desempenho empresarial. Para o alcance deste êxito, é necessário que o resultado operacional da empresa atenda simultaneamente as finalidades internas e externas da organização.

A competitividade é agressiva, a velocidade da informação é incrível.

Novos procedimentos devem ser adotados neste mesmo ritmo.

Vivemos a era da informação, que é importante tanto para os sistemas de informação internos de cada empresa, como para os aspectos administrativos, mercadológicos, técnicos e operacionais.

O Mercado passou, desde o início da década de 80, a buscar profissionais que, utilizando a tecnologia da informação, pudesse apoiar a empresa em seus negócios, em sua forma de competitividade e tivesse visão muito mais ampla.

O empresário tem percebido que a caríssima infra-estrutura da área de informática, envolvendo profissionais de alto nível, hardware (máquinas), software (programas), não devem ser utilizados apenas para preparar folhas de pagamento, contabilidade, ativo permanente etc.

O empreendedor quer agora esta estrutura trabalhando para gerar novos negócios e novas formas de aceleração comercial. Um exemplo dentro desta realidade é a estrutura de tecnologia de informática que os bancos brasileiros vêm utilizando como forma de cativar novos clientes. É a informação eletrônica como um produto aplicado efetivamente.

A informatização, mais que um modismo, é um importante diferencial competitivo para as organizações, porém, não é garantia de sucesso, exigindo um trabalho constante de planejamento e utilização adequada.

O administrador (a) com habilidades em Sistemas de Informações Gerenciais, é um agente de mudanças, ligado ao ramo de negócios da organização, que procura a cada momento, desenvolver e acompanhar sistemas que inovem a participação da empresa em seu mercado de atuação.

Quando questiono dentro das empresas sobre o que é um Sistema de Informação Gerencial? Muitas pessoas ainda respondem: “Informações destinadas aos gerentes para a tomada de decisões”.

Vejam que Erro! As informações gerenciais podem e devem ser destinadas a qualquer nível de hierarquia da organização, pois os mesmos tem suas decisões importantes a tomar e proporcionais a sua posição na estrutura organizacional.

Portanto as Informações Gerenciais devem propiciar:
• Redução no custo das operações;
• Melhoria no acesso às informações;
• Melhoria na Produtividade;
• Agilidade na tomada de decisões;
• Estimulo de maior integração entre os tomadores de decisões;
• Fornecimentos de melhores projeções dos efeitos de decisões;
• Redução do grau de centralização de decisões na empresa;
• Adaptação das empresas para enfrentar os acontecimentos não previstos;
• Adequação da estrutura organizacional visando à facilitação do fluxo de informações.

A popularização da tecnologia ERP (Enterprise Resource Planning) muda o perfil do administrador tradicional e traz um novo desafio aos profissionais
A informação ágil e confiável é essencial para o trabalho dos gestores. Os sistemas integrados (ERP’s), manipulam e compartilham dados em tempo real, tornando-se uma ferramenta importantíssima no ambiente corporativo.
Escolher bem as ferramentas é imprescindível. Critérios claros e racionais, um profundo entendimento do que a empresa realmente necessita.
Uma atualização de SO (sistema operacional), por exemplo, não deve ser feita apenas porque uma nova versão foi lançada, devem ser considerados os reais benefícios e o custo de migração. Essa relação "custo versus benefício real" é obrigatória em qualquer ação gerencial, principalmente se tratando de tecnologia, pois essas mudanças têm impacto sobre toda a empresa.
A gestão da TI (tecnologia de informação) passa então a ser muito mais administrativa do que técnica, pois a visão sistêmica é essencial para a tomada de decisões e para o planejamento estratégico, exigindo um perfil profissional muito peculiar, um técnico com conhecimentos administrativos ou um administrador com conhecimentos técnicos.

A presença de administração profissional faz muita diferença dentro das empresas, principalmente num mercado extremamente dinâmico e turbulento como esse de tempos globalizados e on-line, mais que nunca, é necessária uma valorização dos diversos profissionais e de seu papel dentro do complexo sistema corporativo.

COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL TEXTO4 (Professor Emerson Sitta)

São Paulo, terça-feira, 23 de fevereiro de 2010 FOLHA DE SÃO PAULO




ELIANE CANTANHÊDE

Dilma redesenhada
BRASÍLIA - Lula aproveitou o congresso do PT para desenhar, linha por linha, o perfil da candidata Dilma Rousseff. Potencializou suas qualidades, transformou eventuais desvantagens em virtudes e voltou para o Alvorada sabendo que a militância iria decorar a lição para a campanha.
Se a direita, principalmente a direita militar, não cansa de chamar Dilma pela internet de "guerrilheira", Lula foi carinhoso ao falar da "menina que arriscou a própria vida" em defesa da democracia.
Se prevalece a percepção de que Dilma não foi uma opção, mas escolhida por exclusão (depois da queda da cúpula e dos presidenciáveis naturais do PT), Lula tratou de dizer que estava de olho nela havia muito tempo, desde quando discutia a questão energética e via aquela mulher ali, aplicada, competente, agarrada ao seu laptop.
Se a oposição, tucanos e democratas à frente, não cansam de bater na tecla de que ela mente, citando os casos da ex-secretária da Receita, do dossiê contra FHC e do diploma inflado, Lula tratou de corrigir: ela é um poço de sinceridade.
E se os próprios governistas consideram, por baixo e às vezes por cima dos panos, que Dilma é arrogante e mandona, a ponto de gritar com ministros, presidentes de estatais e assessores em reuniões, Lula transformou esse, digamos, probleminha, numa grande qualidade: é que ela é perfeccionista em tudo o que faz, aprende tudo em uma semana e exige dos outros o que exige dela mesma para bons resultados.
Desenhada a candidata, Lula pôs-se a ditar também a política de alianças. Com ele ali, do alto de sua imensa liderança e popularidade, quem iria vaiar o PMDB, representado por Michel Temer, Edison Lobão e Hélio Costa?
Sarney e Henrique Meirelles, porém, não foram. É que a turma petista digeriu bem a nova Dilma e tinha de engolir o PMDB, mas pedir para não vaiar Sarney e o BC seria um pouco demais, não é?
elianec@uol.com.br



Tenho desprezo por gente que se orgulha da própria raça. Nem tanto pelo orgulho, sentimento menos nobre, porém inerente à natureza humana, mas pela estupidez. Que mérito pessoal um pobre de espírito pode pleitear por haver nascido branco, negro ou amarelo, de olhos azuis ou lilases?
Tradicionalmente, o conceito popular de raça está ligado a características externas do corpo humano, como cor da pele, formato dos olhos e as curvas que o cabelo faz ou deixa de fazer. Existe visão mais subjetiva?
Na Alemanha nazista, bastava ter a pele morena para o cidadão ser considerado de uma raça inferior à dos que se proclamavam arianos. Nos Estados Unidos, são classificadas como negras pessoas que no Brasil consideramos brancas; lá, os mineiros de Governador Valadares são rotulados de hispânicos. Conheci um cientista português que se orgulhava de descender diretamente dos godos!
Há cerca de 100 mil anos, seres humanos de anatomia semelhante à da mulher e à do homem moderno migraram da África, berço de nossa espécie, para os quatro cantos do mundo. Tais ondas migratórias criaram forte pressão seletiva sobre nossos ancestrais. Não é difícil imaginar as agruras de uma família habituada ao sol da savana etíope, obrigada a adaptar-se à escuridão do inverno russo; ou as dificuldades de adaptação de pessoas acostumadas a dietas vegetarianas ao migrar para regiões congeladas.
Apesar de primatas aventureiros, éramos muito mais apegados à terra natal nessa época em que as viagens precisavam ser feitas a pé; a maioria de nossos antepassados passava a existência no raio de alguns quilômetros ao redor da aldeia natal. Como descendemos de um pequeno grupo de hominídeos africanos e o isolamento favorece o acúmulo de semelhanças genéticas, traços externos como a cor da pele, dos olhos e dos cabelos tornaram-se característicos de determinadas populações.
Mas seria possível estabelecer critérios genéticos mais objetivos para definir o que chamamos de raça? Em outras palavras: além dessa meia dúzia de aspectos identificáveis externamente, o que diferenciaria um negro de um branco ou de um asiático?
Para determinar o grau de parentesco entre dois indivíduos, os geneticistas modernos fazem comparações entre certos genes contidos no DNA de cada um. Lembrando que os genes nada mais são do que pequenos fragmentos da molécula de DNA; a tecnologia atual permite que semelhanças e disparidades porventura existentes entre dois genes sejam detectadas com precisão.
Tecnicamente, essas diferenças recebem o nome de polimorfismos. É na análise desses polimorfismos que se baseia o teste de DNA para exclusão de paternidade, por exemplo.
Na Universidade de Stanford, Noah Rosemberg e Jonathan Pritchard testaram 375 polimorfismos genéticos em 52 grupos de habitantes da Ásia, África, Europa e das Américas. Através da comparação, conseguiram dividi-los em cinco grupos étnicos cujos ancestrais estiveram isolados por barreiras geográficas, como desertos extensos, montanhas intransponíveis ou oceanos: os africanos da região abaixo do deserto do Saara, os asiáticos do leste, os europeus e asiáticos que vivem a oeste dos Himalaias, os habitantes da Nova Guiné e Melanésia e os indígenas das Américas.
No entanto, quando os autores tentaram atribuir identidade genética aos habitantes do sul da Índia, verificaram que seus traços eram comuns a europeus e a asiáticos, observação consistente com a influência exercida por esses povos naquela área do país.
A conclusão é que só é possível identificar grupos de indivíduos com semelhanças genéticas ligadas a suas origens geográficas quando descendem de populações isoladas por barreiras que impediram a miscigenação.
Mas o conceito popular de raça está distante da complexidade das análises de polimorfismos genéticos: para o povo, raça é questão de cor da pele, tipo de cabelo e traços fisionômicos.
Nada mais primário!
¨Essas características sofreram forte influência do processo de seleção natural que, no decorrer da evolução de nossa espécie, eliminou os menos aptos. Pessoas com mesma cor de pele podem apresentar profundas divergências genéticas, como é o caso de um negro brasileiro comparado com um aborígene australiano ou com um árabe de pele escura.
Ao contrário, indivíduos semelhantes geneticamente, quando submetidos a forças seletivas distintas, podem adquirir aparências diversas. Nos transplantes de órgãos, ninguém é louco de escolher um doador apenas por ser fisicamente parecido ou por ter cabelo crespo como o do receptor.
Excluídos os gêmeos univitelinos, entre os 6 bilhões de seres humanos não existem dois indivíduos geneticamente idênticos. Dos 30 mil genes que formam nosso genoma, os responsáveis pela cor da pele e pelo formato do rosto não passam de algumas dezenas.
Como as combinações de genes maternos e paternos admitem infinitas alternativas, teoricamente pode haver mais identidade genética entre dois estranhos do que entre primos consangüíneos; entre um negro brasileiro e um branco argentino, do que entre dois negros sul-africanos ou dois brancos noruegueses.


Dráuzio Varela. "Folha de S. Paulo", 1º de abril de 2006.

COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL TEXTO3 (Professor Emersson Sitta)

São Paulo, quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010 FOLHA DE SÃO PAULO




Editoriais

editoriais@uol.com.br

Reprovação precoce
A REPROVAÇÃO de 79 mil crianças de 6 anos no primeiro ano do ensino -ou 3,5% dos inscritos na série em 2008- não chega a ser preocupante, mas traz um alerta. O fenômeno sugere que em algumas localidades a extensão do ensino fundamental para nove anos pode ter sido mal compreendida como obrigatoriedade de alfabetizar um ano antes do que se devia fazer até então, aos 7.
A ampliação desse período de escolarização mínima e obrigatória é positiva. Ela serve para dar oportunidade a crianças mais pobres, que frequentam as redes públicas de ensino, de receber um mínimo de preparação para alfabetizar-se, como costuma ocorrer nas escolas privadas.
O novo primeiro ano, assim, pode servir para facilitar ou até iniciar a alfabetização. Não faz sentido, contudo, exigir proficiência dos alunos quando ainda estão em fase de adaptação ao universo pedagógico. Qualquer educador sabe que parcela das crianças de 6 anos ainda não está pronta para o letramento.
Reprová-las já no início da escolarização cria um estigma. Há estudos mostrando que alunos reprovados tendem a obter notas piores nas séries subsequentes e apresentam maior inclinação a abandonar a escola. E a taxa de reprovação no ensino fundamental como um todo já é alta (12% em 2008), similar à de países como Cabo Verde, Guatemala, Marrocos e Camboja.
Por fim, o desvio se mostra mais acentuado nas regiões Nordeste (5,2% de reprovação de crianças de 6 anos) e Norte (4,1%). Justamente ali onde as redes municipais e estaduais enfrentam maiores dificuldades, e o ensino é mais deficiente.
Cabe ao Ministério da Educação explicitar que a alfabetização não é imprescindível no primeiro ano e fomentar a capacitação de mestres e dirigentes para lidar com a nova clientela.

COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL TEXTO2 (Professor Emerson Sitta)

FOLHA DE SÃO PAULO


FERREIRA GULLAR

As muitas caras de Da Vinci
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A curiosidade de Da Vinci não tinha limites, assim como sua audácia e sua inventividade
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LEONARDO DA Vinci, artista genial e inventor visionário de armas e máquinas de guerra, atravessou os séculos envolto em admiração e mistério, em parte por sua genialidade e em parte por suas idiossincrasias. A última das lendas surgidas em torno dele é a recentíssima hipótese de que a sua obra-prima, a "Mona Lisa", seja um autorretrato.
Tudo é possível, se se leva em conta que, no final do século 15, em Florença, quando a Inquisição queimava na fogueira os suspeitos de terem parte com o Diabo, ele, Da Vinci, dissecava cadáveres para descobrir como funcionava o organismo humano. Seccionava parte por parte, órgão por órgão e, quando começavam a apodrecer, metia-os em sacos e, na calada da noite, os jogava no rio que cortava a cidade. Quase ninguém sabia, é claro, mas com o tempo os fatos se transformaram em histórias fantásticas e suspeitas maldosas.
Se sua curiosidade não tinha limites, tampouco os tinham sua audácia experimental e sua inventividade: intuiu novas possibilidades na arte de pintar, que os recursos técnicos da época tornavam inviáveis. Por isso, decidiu inovar na execução do afresco "Batalha de Anghiari", pintado no Palazzo Vecchio, de Florença, que se apagou inteiramente. Nem por isso foi menos audacioso ao pintar "A Ceia", no refeitório de Santa Maria della Grazie, em Milão, cujas cores começaram a sumir antes que terminasse de pintá-la. Essa obra intrigava a todos pela gesticulação enigmática dos personagens representados.
Como se não bastasse, o best-seller "Código Da Vinci" atribui ao pintor secretas intenções, como a de pôr no rosto de são João Batista, que ali aparece ao lado de Jesus, feições femininas que seriam as de Maria Madalena, dada como mulher do Cristo, fato que a igreja teria ocultado durante séculos.
Não obstante todo o mistério que envolve a figura de Da Vinci, até certo ponto inventado por outros, mas também estimulado por ele, a nova lenda acerca da "Mona Lisa" não parece convincente, em face das informações pertinentes acerca do quadro e de Lisa, a retratada, que tinha 15 anos ao casar-se com Bartolomeo del Giocondo, viúvo, 19 anos mais velho que ela. Foi quando lhe morreu a filhinha de quatro anos que o marido, para consolá-la, pediu a Da Vinci que lhe fizesse o retrato. Este, que se negara a retratar os nobres da época, não apenas aceitou o convite como fez desse retrato uma obra-prima. Só que teria dado ao casal uma cópia do quadro, não o original, que guardou consigo.
Pois bem, apesar desses dados históricos, uma equipe do Comitê Nacional Italiano para a Herança Cultural pediu a autoridades francesas para abrir o túmulo do artista, em Amboise, na França. Segundo o antropólogo Giorgio Gruppioni, pretendem encontrar o crânio de Da Vinci para reconstituir-lhe o rosto e compará-lo ao de "Mona Lisa". O difícil, quase impossível, a meu ver, é encontrar o crânio do pintor.
Pelo seguinte. Da Vinci morreu na França, para onde se mudara a convite de rei Francisco 1º, levando consigo algumas obras-primas, inclusive a "Mona Lisa". Foi sepultado a 12 de agosto de 1519, no claustro da igreja Saint-Florentin d'Amboise, demolida em 1802, por ordem de um tal Roger Ducoc, nomeado senador por Napoleão. Mandou derreter os esquifes de chumbo, para vender o metal, e jogar fora as ossadas. Acredita-se que o jardineiro de Ducoc, por iniciativa própria, tenha sepultado os restos de Leonardo num canto do castelo e que, em 1874, foram transferidos para uma pequena capela do castelo de Amboise. Mas nenhuma certeza há de que os ossos ali sepultados sejam dele. O exame de DNA acabará com a dúvida.
Tal iniciativa, partindo de um órgão oficial, causa surpresa e só se explica pela necessidade de alimentar a lenda que envolve esse homem incomum. Todos conhecem um suposto autorretrato de Da Vinci, que se encontra a três por dois estampado em livros e revistas de arte, e que não é, seguramente, um autorretrato dele. Basta compará-lo com o "Retrato de Leonardo", pintado em 1510, por Francesco Melzi, que, ao contrário daquele, mostra-nos um homem de feições sensíveis, olhar inteligente e iluminado. Nada tem que nos lembre a "Mona Lisa", muito menos o sorriso.
Há ainda, no afresco "Escola de Atenas", de Rafael, a figura de Platão, que teria as feições de Da Vinci. Francesco, seu discípulo, viveu com ele desde os 15 anos e herdou todas as obras científicas e artísticas do mestre, inclusive a "Mona Lisa", que cedeu a Francisco 1º. Dizem que era seu amante. Não há por que duvidar do retrato pintado por ele.

COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL (Professor Emerson Sitta) )

São Paulo, sábado, 20 de fevereiro de 2010 FOLHA DE SÃO PAULO




ANTONIO CICERO

Heidegger e o nazismo
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É que, a despeito das afinidades políticas de Heidegger, sua obra não pode deixar de ser lida
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LOGO QUE li, anos atrás, uma observação do filósofo Martin Heidegger segundo a qual o sentido da filosofia não era tornar as coisas mais fáceis, mas mais difíceis, não pude deixar de me lembrar do merecidamente famoso bordão de Chacrinha: "Eu não vim para explicar, mas para confundir".
Na verdade, é claro que "tornar as coisas mais difíceis" é muito diferente de confundi-las. A palavra alemã que traduzi por "mais difíceis", "schwerer", tem o sentido de "mais pesadas". Heidegger quer dizer que a filosofia reconhece o peso de cada coisa. Isso significa que ela as diferencia, que as torna mais complexas. De fato, o que a filosofia faz não é simplificar as coisas, mas complicá-las. Se entendermos "confundir" como fundir numa coisa só, então o sentido dessa palavra está mais próximo do de "simplificar" que do de "complicar", e é praticamente o oposto do sentido desta.
Enquanto simplificar um pensamento, por exemplo, é empobrecê-lo, complicar um pensamento é torná-lo ou revelá-lo como mais complexo, mais diferenciado, mais rico do que parecia ser. Tal é, de fato, um dos mais importantes benefícios que podemos auferir da filosofia.
É exatamente por isso que se pode ler com proveito um filósofo que pensa o oposto daquilo que pensamos, daquilo que pensamos pensar, ou daquilo que queremos inicialmente pensar. Mesmo que jamais concordemos, por exemplo, com as teses manifestamente defendidas pelo Sócrates de Platão em "A República", a leitura desse diálogo nos ensina a refletir e especular com maior profundidade e consistência.
Mas volto a Heidegger. Ninguém ignora que esse filósofo apoiou Hitler e o nazismo. Parece-me ademais inacreditável que alguém que tenha lido e compreendido a obra maior de Heidegger, "Ser e Tempo", de 1927, seja capaz de negar a impressionante afinidade entre o teor de certas pretensões desse livro e grande parte da ideologia nazista, que ele estranhamente antecipa. Basta lembrar que ambos rejeitam a modernidade filosófica, o iluminismo, o individualismo, o humanismo e o universalismo, enquanto exaltam o que consideram a autenticidade do indivíduo que se sacrifica em prol do destino particular da comunidade e do Estado a que pertence. A partir da ascensão de Hitler ao poder na Alemanha, em 1933, Heidegger explicitamente articula seu pensamento com as concepções nazistas.
Essa articulação é o tema do livro extremamente informativo do filósofo francês Emmanuel Faye, "Heidegger: A Introdução do Nazismo na Filosofia", cuja recente tradução americana desencadeou uma intensa polêmica nos Estados Unidos. Por um lado, houve quem, como o professor de filosofia Carlin Romano, sugerisse banir os livros de Heidegger da academia; por outro lado, os discípulos do mestre da Floresta Negra tentaram, como aliás ocorrera à época da publicação do livro na França, desmoralizar Faye, de modo a desacreditar seu livro antes que ele pudesse ser seriamente discutido.
É inaceitável tanto a atitude dos primeiros quanto a dos segundos. Estes são desonestos não apenas porque todo encobrimento dessa natureza é desonesto, mas porque o que tentam encobrir é um comprometimento político que o próprio Heidegger, até o fim da vida, recusou-se a renegar. Ora, é importante -em primeiro lugar exatamente para quem se interessa pela filosofia de Heidegger- saber como ele mesmo entendia e vivia as consequências políticas do seu pensamento.
E que dizer da tentativa de excluir as obras de Heidegger das universidades? Não somente qualquer censura dessa natureza é inteiramente inadmissível numa sociedade aberta, como a verdade é que, a despeito das repugnantes afinidades políticas de Heidegger, sua obra não pode deixar de ser lida e discutida por quem quer que leve a sério o pensamento filosófico.
A filosofia de Heidegger é a culminação do pensamento antimoderno desenvolvido na Alemanha desde o romantismo, no início do século 19. São profundas suas intuições sobre os objetos do ataque que desfere, admiráveis suas interpretações e poderosos seus argumentos. Ninguém que hoje queira pensar seriamente sobre a modernidade, sobre a filosofia moderna ou sobre a filosofia "tout court" poderá ir muito longe, a menos que considere tais intuições, critique tais interpretações e enfrente tais argumentos que, como convém à filosofia, longe de simplificar, complicam as coisas. Que eles desemboquem na pior das ideologias totalitárias é mais uma razão para não os ignorar.